sexta-feira, 20 de junho de 2014




O medo é um sentimento de pavor acompanhado de receio de fazer alguma coisa. As respostas a essa reação não são nada agradáveis. Essa sensação gera automaticamente um bloqueio. Um sofrimento gerado antecipadamente pelo o que ainda está por vir.
Para a maioria dos humanos o medo é um mecanismo de aprendizagem. Superar os limites de sua existência é circunstancial.
Um dia estava conversando normalmente com uma amiga. Conversamos sobre vários assuntos do nosso cotidiano, em certo momento da conversa ela confidenciou ter ido a uma consulta com seu psicólogo.
_ Mas você está bem? Eu perguntei.
_ Tenho um problema grave. Ela disse.
_ Grave? O que aconteceu? Perguntei preocupada.
_ Tenho "síndrome do pânico". Respondeu desconcertada.
_ Meu Deus! Isso deve ser mesmo grave. Disse mostrando entendimento, mas na verdade era totalmente leiga nesse assunto.
Em casa corri para o computador e procurei na internet o significado da síndrome do pânico. É caracterizado por um intenso medo ou mal-estar com sintomas físicos e cognitivos que se iniciam de forma brusca e alcançam intensidade máxima em cerca de 5 minutos e causando medo de morrer persistente e recorrente, o que aumenta a chance de outros ataques. Durante a crise, a ansiedade extrema aparentam ameaçar a vida do paciente, especialmente a sensação de falta de ar, a dor no peito e o batimento cardíaco muito acelerado. Os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem causas aparentes ou por meio de ansiedade excessiva motivada por estresse, perdas, aborrecimentos ou expectativas.
Há uns três meses atrás percebi que minha amiga não saia mais de casa, pouco trabalhava e alegava estar sempre cansada, evitava os amigos e familiares. Como não conhecia essa doença achei que fosse por causa de sua recém separação, algo que passaria normalmente depois de conhecer um novo amor, mas infelizmente descobri que não é assim que as coisas acontecem. Um sofrimento gerado pela mágoa nem sempre é curado com um novo amor, algumas pessoas não estão preparadas para lidar com as perdas. O medo imediatamente é instalado e o padecimento é generalizado. Os sintomas são como uma preparação do corpo para fuga de uma ameaça real.
É importante lembrar que não é possível sobreviver a esse dano sozinho e é preciso buscar ajuda de um profissional qualificado para um acompanhamento minucioso. 

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